quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Orquidário

Nada que queria, aquela hora eu pensei que queria era bolinho de chuva e chá, muito chá. Queria chuva talvez. Mais chá.
É tudo tão quentinho aqui. Quietinho. E a música toca.
Deito a cabeça no travesseiro de espuma vazada... e escorrego na madeira encerada. Areia molhada, folhas de hera, pés de jaca.
Pavimento de pedrinhas, pavimento de placas, poço tampado, penas de pavão, gansos cruzando grasnando. Araras. Borboletas. Eu não lembro se já então elas me assustavam.
Guarda-sol azul marinho. Suco de laranja com maçã e beterraba.
Valeu tudo isso?

A baleia de pedra. O trepa-trepa colorido. O barulho do mar. Cheiro de maresia. Expresso com chantilly.


E as caixas de sapato empilhadas no porto.

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