quinta-feira, 4 de junho de 2009

Jelly bean

Dez horas da manhã centro da cidade dez graus centígrados dia dois de junho. Dia dois de junho e caçando uma alternativa ruas frias alternativamente vazias. Roupa? Vinho? O chá? A dor.
Tanta dor e frio. Frustração. Desânimo. Nomeei todos os parasitas.
Duas horas da tarde universidade federal doze graus centígrados. Os olhos ardendo não sei quantos graus de febre.
E da onde saiu essa febre?
Daquela prova entregue em branco para não insultar a insuficiência do professor com a incompetência do aluno?
Daquele dia azul sem chocolate e muita muita TPM.

Hoje não caio. Não caí. Sentei na calçada, tinha uma placa ao lado um ponto de ônibus uma mão solidária.
E daí já de pé observava os carros passando esperando o sinal abrir pra eu passar.
Passei, cheguei do outro lado da rua e o momento só já tinha passado também.
Lá na outra esquina, vestindo jeans azul intenso e blusa grafite desbotada.
E eu estava vestida de momento também.
(Todas as coisas passam, tudo passa, o segredo é passar sem deixar marcas profundas.)

Delicadas.
Outra terça feira que vai pro pote de vidro transparente.

Um comentário:

  1. "Outra terça-feira que vai pro pote de vidro transparente"... fechou perfeitamente

    ResponderExcluir